Caso Jonas Seixas: julgamento de recurso de militares acusados do crime é adiado após pedido de vista

03/08/2022 21:55 - Justiça
Por Redação
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O julgamento do recurso da defesa dos cinco militares acusados de envolvimento na morte do pedreiro Jonas Seixa, foi adiado, nesta quarta-feira (3), após pedido de vista do processo, feito pelo desembargador Washington Luiz. O julgamento foi marcado para a próxima quarta-feira (10).

O pedido de vista é uma solicitação feita para examinar melhor o processo, adiando, portanto a sua votação ou julgamento.

A defesa dos militares, acusados do crime ocorrido em outubro de 2020, havia pedido a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares. Os réus, Fabiano Pituba Pereira, Filipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha e Tiago Asevedo Lima, estão presos desde março do ano passado.

O desembargador Sebastião Costa Filho é o relator do processo e votou a favor do pedido da defesa. Entre as medidas cautelares propostas para os acusados estão: Proibição de se ausentar da Comarca onde reside, sem prévia autorização judicial; comparecimento mensal em juízo, comunicação prévia a Justiça sobre mudança de endereço; uso de tornozeleira eletrônica, suspensão da posse e do porte de armas;  recolhimento domiciliar das 20h até as 05h; e proibição de aproximação e comunicação com os familiares de Jonas, testemunhas ou declarantes de defesa, dentro do limite de quinhentos metros.


O caso

Conforme informações de familiares de Jonas, o servente de pedreiro foi abordado e preso pelos militares no dia 9 de outubro do ano passado, na Grota do Cigano. Ele foi atingido com spray de pimenta e colocado no porta-malas da viatura.

Ainda segundo os parentes, pouco antes da prisão, três policiais estiveram na casa de Jonas dizendo que tinham mandado de prisão. Jonas foi levado para a viatura e não foi mais visto desde então.

Em março de 2021, cinco militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento do servente de pedreiro foram presos. Em abril, os acusados foram indiciados por sequestro qualificado, tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Os militares Fabiano Pituba Pereira, Filipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima, estão presos desde o final de março do ano passado.

 

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