“Até quando?” e “Não é amor, é ódio”: feminicídio de menina de 15 anos repercute em AL

23/06/2022 17:23 - Vanessa Alencar
Por redação
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O feminicídio de Alessandra Araújo, de 15 anos, cometido por outro adolescente na noite de ontem (22), na zona rural de Junqueiro, repercutiu nas redes sociais, onde vários políticos locais, além da população em geral, falaram sobre o crime, destacando a importância do combate permanente à violência contra as mulheres e a necessidade de não “romantizar” a possível motivação da barbaridade da qual a menina foi vítima.

“Uma menina de 15 anos é a mais nova vítima do feminicídio. Toda solidariedade à família. Alagoas mata mais mulheres do que a média nacional. A violência tem que ser combatida com mais atitude. O governo diz que valoriza as mulheres na propaganda. Mas a realidade é outra!”, escreveu no Twitter o senador licenciado e pré-candidato ao governo, Rodrigo Cunha.

 

No Instagram, a deputada estadual Jó Pereira, que é pré-candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Cunha, questionou “até quando meninas e mulheres serão vítimas de um crime tão brutal e, para piorar, por futilidade! Ninguém deveria se sentir no direito de tirar a vida de outra pessoa, por qualquer razão, e é urgente que nossa sociedade compreenda que nós mulheres merecemos respeito e dignidade!”.

“É inadmissível saber que estamos tão vulneráveis à violência, principalmente de abuso sexual ou uma tragédia como essa. Temos que ter a tranquilidade de andar pelas ruas em paz, sem conviver com o medo de sermos mais uma vítima registrada nas estatísticas. É urgente investir na educação de gênero e respeito a todos os indivíduos, independentemente de raça, nível social, sexualidade ou das escolhas de cada um. Registro aqui a minha indignação e meus pêsames à família de Alessandra”, completou Jó.

 

A também deputada estadual Cibele Moura frisou o caráter hediondo do crime: “15 anos era a idade de Alessandra Araújo que ontem foi vítima de feminicídio em Junqueiro/AL. Foi morta a facadas por um jovem que não aceitou ser rejeitado. Foi morta por ser mulher! Até quando? É absurdo saber que nossas meninas e mulheres estão tão expostas a violência”

 

Já a vereadora por Maceió, Teca Nelma criticou o fato de alguns veículos de comunicação terem creditado a motivação do crime ao suposto “amor platônico” que o assassino nutria pela vítima.

“O nome disso não é “amor” platônico é FEMINICÍDIO! É ódio, é assassinato, é crime! Revoltante que em 2022 a gente ainda tenha que dizer o óbvio, se referindo a manchetes que classificaram o amor platônico como motivador do crime”. 

 

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