A Justiça alagoana tornou réu o homem acusado de agredir e matar o menino Cauã, de 2 anos, cujo corpo foi encontrado no dia 28 de abril em uma área de mata, no bairro do Benedito Bentes, parte alta de Maceió, após ficar 10 dias desaparecido.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE/AL). Fernando Henrique de Andrade Olegário está preso desde o dia 28 de abril, quando o corpo da criança foi encontrado. O processo corre em segredo de justiça e o juiz Ygor Figuerêdo, titular da 14ª Vara Criminal da Capital - Crimes contra crianças, idosos e populações vulneráveis, está com o caso.
Entenda o caso
O Ministério Público do Estado (MPE) estava investigando o desaparecimento de Cauã desde o dia 18 de abril, , no bairro do Benedito Bentes.
Segundo informações da promotora Marluce Falcão que coordena o PLID a mãe biológica teria dado a criança para uma mulher identificada como Larissa alegando que não teria condições de criar o garoto. Quando Cauã desapareceu, ele estava sob guarda irregular da Larissa, apesar de ter sido a mãe biológica que acionou a imprensa.
Cauã estava com um casal, uma adolescentes de 16 anos e o companheiro dela de 25 anos, amigos de sua mãe biológica. O casal disse que passava por uma rua no Benedito Bentes quando se distraiu e ‘perdeu’ a criança. Após o desaparecimento, agentes do Programa Ronda no Bairro foram acionados e realizaram buscas, mas o menino não foi localizado.
No dia 28 de abril, 10 dias após o desaparecimento de Cauã, o casal foi detido e o homem confessou que matou a criança.
O corpo de Cauã foi encontrado na tarde desta quinta-feira (28), em uma área de mata, no mesmo bairro em que despareceu. A polícia investiga o caso e suspeita que a criança tenha falecido em um tempo maior do que o informado pelo suspeito, devido ao estado de decomposição em que o corpo foi localizado.
Em depoimento à Polícia Civil, o companheiro da adolescente que tomava conta do menino confessou que, no dia do crime, a criança estava “aperreando” e ele a agrediu com tapas. Segundo o rapaz, Cauã, caiu, bateu a cabeça na parede, teve convulsões e faleceu.
Ainda segundo informações da PC, o crime aconteceu na presença da adolescente, que afirmou não ter levado o menino para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para não ser responsabilizada e que a morte da criança teria sido acidental.
Ainda em depoimento, o suspeito relatou que as agressões aconteceram na casa de uma cunhada dele e que Cauã foi levado desacordado para a sua residência. Após perceber que o menino não estava mais vivo, ele levou o corpo para um matagal e o cobriu com folhas.
Após ser encontrado na tarde desta quinta (28), os restos mortais da criança foram recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Maceió.