A família da paciente Lenilda Silva Nunes, 62 anos, que morreu após dar entrada na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, no município de Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió, ainda não conseguiu ingressar com o processo contra a estudante Ana Carolina devido a dificuldades encontradas para ter acesso a documentação sobre o caso.
O episódio ganhou bastante repercussão em todo o estado, depois que a estudante ironizou a morte de Lenilda em uma postagem em suas redes sociais. Mas quase dois meses depois, o caso parece andar lentamente. A defesa da família afirma que encontrou dificuldades para ter acesso a documentação da estudante.
Segundo a advogada Luciana Omena, a documentação sobre Ana Carolina, a estudante, somente foi conseguida através do Conselho Regional de Medicina de Alagoas, mas a faculdade não repassou as informações solicitadas. A defesa irá mover um processo contra a aluna, o Cesmac, faculdade onde cursava medicina e também o município de Marechal Deodoro, gestora da unidade onde a idosa deu entrada.
O caso também vem sendo apurado pelo Cesmac, pelo município de Marechal Deodoro e também pelo Conselho de Medicina.
O caso
A acadêmica, expôs o nome da paciente e seu quadro de saúde, e escreveu: “Faltando 10 minutos para minha hora de dormir chega uma mulher infartando e com edema agudo de pulmão e agora já passou 1h30 da minha hora de dormir”.
Minutos depois a estudante faz um novo post e informa que a mulher faleceu: “A mulher morreu e eu não dormi”.
Após a repercussão do caso, a estudante excluiu seu perfil na rede social. A família da idosa (que era paciente) disse que vai processar a estudante de medicina. “A família além de enfrentar o luto, está convivendo com a essa exposição vinculada ao que foi exposto na rede social da estudante. A família irá processar”, afirmou.