A Justiça do Trabalho, através da juíza Thais Costa Gondim, concedeu uma liminar a pedido da Administração do Porto de Maceió determinando que o Sindicato dos Trabalhadores Portuários libere, de forma imediata, a entrada do Porto de Maceió. Os trabalhadores paralisaram o serviço na manhã desta quinta-feira (17) e pediram reajuste salarial que está pendente desde 2020. 

Além dos caminhões, os trabalhadores também foram impedidos de entrar nas dependências do Porto. Em poucas horas de protesto, muitos caminhões ficaram estacionados e ocupando uma das vias de acesso ao local, no bairro de Jaraguá. 

Os membros do sindicato também impediram a saída dos caminhões, que estavam fazendo a descarga durante a madrugada. Segundo o sindicato, o protesto tem o objetivo de uma solução definitiva para a implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A Justiça também determinou que os trabalhadores se abstenha de impedir o regular funcionamento das empresas que funcionam dentro do Porto de Maceió.

O Sindicato deve retirar imediatamente todos os obstáculos que dificultem a entrada e saída dos trabalhadores ou clientes das empresas, sob pela de multa ao Sindicato de R$10 mil a R$50 mil.

Em nota, o Porto de Maceió informou que o acordo coletivo dos trabalhadores já foi assinado e aprovado no conselho da companhia, aguardando apenas a homologação no Ministério da Economia.

“Inclusive, dentro das cláusulas existentes consta a garantia do pagamento retroativo dos meses em que foi necessário aguardar pela homologação. Ou seja, tudo que estava ao nosso alcance já foi feito. O direito pela luta sindical é legítimo, no entanto, não podemos concordar com o fechamento do Porto de Maceió, prejudicando outros serviços e outras categorias, além do cerceamento do direito de ir e vir”, completa a nota.