O blog ouviu quatro secretários de Renan Filho, nos últimos dias.
Todos disseram que estão trabalhando para levantar todas as ações e gastos nas suas pastas, passando um pente fino para evitar surpresas desagradáveis, no futuro próximo:
“A ordem é deixar tudo pronto para entregar o governo no final de março, começo de abril.”
Há preocupações?
Claro, e por óbvio.
As relações entre o governador e a maioria dos deputados estaduais sempre foram de desconfiança, de parte a parte, e ninguém no meio duvida que a paz de agora possa virar uma “guerra” de versões em breve.
A política, em qualquer nível, é um território que não permite amizades para valer - e os aliados de hoje viram os inimigos de amanhã, num piscar de olhos.
Todos se dizem confiantes de que não há irregularidades a se apurar, mas a prevenção é o melhor remédio para quem vive e transita nesse meio em tempos de briga pelo poder.
Além disso, o que está para ocorrer em Alagoas é absolutamente inusitado: Executivo e Legislativo passarão a ser controlados pela mesma pessoa – o deputado Marcelo Victor, que representa como ninguém os seus pares.
Que ele não guarda grande apreço ou afeto por Renan Filho, disso todo mundo na Assembleia sabe. E aí é plausível se esperar uma virada do vento muito rapidamente.
Numa frase: para rei morto, rei posto.
E há formas muito cruéis de matar um rei: deixando-o sangrar, em vida política vegetativa, por exemplo, é uma delas.