“... pra ninguém saber”.
Só que todo o mundo político já sabe: os dois Calheiros vão formar com Lula na disputa presidencial. O petista é o aliado do senador pai mais duradouro - e ele já passou também por Sarney, Collor, Itamar, FHC, Dilma e Temer.
Só seria diferente se o próprio Lula se filiasse ao MDB, partido onde os dois se abrigam aqui em Alagoas, e que é uma legenda regional e de base parlamentar, no plano nacional.
Então por que eles “condicionam” o apoio ao candidato petista à possibilidade de o MDB lançar um nome fraco à presidência?
É um teatro próprio do meio político, até porque o histórico partido não tem um só nome em condições de brigar para valer pelo Palácio do Planalto. No máximo, chegaria à suplência de presidente (uma inovação).
O discurso dos Renans é correto pra o meio. Se eles fizessem diferente estariam traindo o seu partido (!), onde ninguém em sã consciência acredita de Simone Tebet seja candidata pra valer.
Mas há prejuízo político, sim, para os emedebistas locais: eles não podem assumir, oficialmente, a coordenação da campanha lulista em Alagoas, o que caberá a um petista ou a um integrante da federação - se ela sair do papel.
Os Calheiros terão papel de destaque na campanha, mas por debaixo do pano (uma gazezinha serve para “cobrir”).