A nova (quarta) onda da Covid-19 chega num momento de grande fragilidade do governo do Estado.

Há de se ressaltar que o governador Renan Filho vinha conduzindo muito bem o enfrentamento à pandemia até o ano passado, antes que ele “renunciasse” ao governo.

Era, ressalte-se, um sopro de lucidez na gestão em meio à estultice que vinha de Brasília.

Hoje, por mais que haja boa vontade por parte da imprensa – daqueles que levam a sério a pandemia -, não há mais nenhum repercussão das falas do governador ou do secretário Alexandre Ayres sobre o tema.

Nem junto ao público, tampouco no meio político.

É claro que há o desgaste natural, depois de tanto tempo da doença entre nós, mas Renan Filho ainda teria mais autoridade moral e política para falar sobre a Covid-19, se o fim (formal) do seu governo não estivesse à vista de todos.

Pior: seu sucessor não parece ter mais credibilidade ou preparo do que ele para tocar a saúde pública em um momento tão grave.

Rei morto, rei exposto.