A Igreja Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Água Branca, sertão alagoano, vem sofrendo reformas que não preservam a estrutura original, construída pelos escravos no século 18. O caso foi parar no Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que encaminhou ofício ao padre Edgar Alves de Oliveira, pároco da cidade, e ao prefeito José Carlos.
Problema é que a igreja faz parte de trecho urbano sob estudo para tombamento federal. As modificações na fachada da igreja bicentenária podem comprometer os argumentos do Instituto junto ao governo federal para o tombamento.
Se for tombada, a igreja recebe recursos federais para reformas e restaurações, preservando arquitetura original.
Só que hoje as reformas levadas adiante pela Prefeitura destruíram a parte externa da igreja.

A igreja foi erguida pela família do Barão de Água Branca numa época em que os negros não poderiam frequentar o mesmo espaço dos brancos.
Daí a existência de duas igrejas: a matriz, para os não-negros, e a Nossa Senhora do Rosário, exclusiva para os escravos.