Representantes da Perícia Oficial de Alagoas e da Secretaria de Estado da Segurança Pública se reuniram nesta quinta-feira, dia 29, com integrantes do Ministério Público do Estado de Alagoas para discutir a lotação de corpos no Instituto Médico Legal de Maceió. 

A assessoria de Comunicação do MPAL informou que no encontro, foi solicitado apoio para iniciar as tratativas junto a Prefeitura de Maceió para a abertura de mais vagas nos cemitérios públicos, de modo que os cadáveres que estão no IML possam ser sepultados. Tal compromisso foi assumido pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.

Diante das demandas apresentadas  pelo perito criminal Manoel Melo Filho, perito geral da Perícia Oficial, e do coronel Elias Oliveira, secretário adjunto da SSP, o Ministério Público se comprometeu em iniciar diálogo junto ao município de Maceió em busca da resolução do problema. 

“Ouvimos atentamente a demanda que envolve o IML e vamos trabalhar para tentar solucioná-la. Sabemos que o órgão precisa liberar esses corpos, até para receber os novos que chegam todos os dias e, para tanto, faz-se necessário que eles sejam enterrados. Diante dessa grave problemática, vou reunir as promotorias com atribuição nessa área, a exemplo da dos Direitos Humanos, para que marquemos uma audiência com a prefeitura. Temos que discutir alternativas viáveis e que possam ser executadas a curto prazo”, afirmou Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.

100 vagas

Segundo Manoel Melo, a necessidade é de pelo menos 100 vagas em cemitérios públicos da capital. “Nossa proposta passa pela construção de gavetas em alvenaria, com até três andares, na posição vertical, a princípio, no cemitério Divina Pastora, localizado na parte alta da cidade. Preparamos esse plano, apresentamos ao município e estamos aguardando uma resposta. Seria muito importante que isso fosse viabilizado com rapidez porque o nosso IML já está com uma lotação grande de corpos nas câmaras frigoríficas”, explicou o perito geral da Perícia Oficial.

Ainda de acordo com ele, essas vagas seriam destinadas aos cadáveres não identificados e também de mortos já identificados, mas que não foram procurados pelas famílias, de Maceió e região metropolitana.

A Superintendência de Desenvolvimento Sustentável informou que a solicitação recebida do Instituto Médico Legal se refere ao sepultamento de indigentes, ou seja, pessoas em que não há o conhecimento da identidade ou que familiares não tenham reconhecido, que, em sua maioria, são de outras cidades do estado.

A Superintendência esclarece que não há faltas de vagas ou atraso nos sepultamentos solicitados por familiares de falecidos em Maceió. Com isso, os sepultamentos acontecem no mesmo dia da solicitação do familiar.

Por fim, a Superintendência reforça que há uma reunião marcada para a próxima segunda-feira (2) com o Ministério Público Estadual para discutir a demanda, tendo em vista que cada Município é responsável pelo sepultamento de seus munícipes.

*Com assessoria