O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (19), em entrevista à TV Brasil, que irá vetar o novo fundo eleitoral incluído na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, aprovada na semana passada.

“É uma cifra enorme que, no meu entender, está sendo desperdiçada. Posso adiantar que não será sancionada", afirmou o presidente.

O texto do relator, deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), aumentou o valor do fundo eleitoral, recurso usado para campanhas eleitorais, de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões. 

A LDO, que incluí o  fundo eleitoral,  foi aprovada na Câmara e no Senado. Os filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), estão entre os parlamentares que votaram a favor da matéria.

Durante a entrevista, Bolsonaro disse ainda que não tem obrigação de aprovar tudo que vem do Legislativo. "Nem tudo que eu apresento ao legislativo é aprovado, e nem tudo que o legislativo aprova, eu tenho obrigação de aceitar. A tendência nossa é não sancionar em respeito ao trabalhador e ao contribuinte brasileiro", frisou.

Os recursos do chamado Fundão são divididos entre os partidos políticos para financiar as campanhas eleitorais. Ele foi criado após a proibição do financiamento privado, em 2015, pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que as grandes doações empresariais desequilibram a disputa eleitoral. 

Entre os principais partidos beneficiados pelo fundão turbinado, estão o PSL, ex-partido de Bolsonaro, e o PT, donos das maiores bancadas do Congresso. O PSL se manifestou contra a proposta após a aprovação do texto. Entretanto, durante a votação, os parlamentares da legenda não fizeram objeção.