Não se pode negar que será desafiador para o candidato que será o sucessor do governador Renan Filho no próximo ano. Em entrevista ao CadaMinuto, o deputado Davi Davino (Progressista), que é cotado para a disputa majoritária, afirma que ainda cedo para discutir o processo eleitoral, mas integra um grupo político e seguirá no que for definido como melhor projeto.
1. Recentemente, o senhor apresentou uma proposta para que os aposentados fossem ressarcidos dos valores que foram descontados da Previdência e o PL não foi aprovado. Acredita que essa medida possa ser revertida?
Continuaremos lutando por esta devolução. O desconto foi injusto, é dever do Estado devolver o dinheiro dos aposentados e pensionistas. O Estado tem o dinheiro e os alagoanos precisam deste recurso.
2. Essa discussão poderia ter sido evitada, caso o novo regime da previdência fosse amplamente debatido com os servidores?
O Governo tem sempre levado à Assembleia os projetos de lei em cima da hora. Hoje sabemos que foi um erro ter aprovado o projeto do Executivo, que tirou dos aposentados um valor sem a necessidade de fazê-lo. Consertamos uma parte ao extinguir o desconto. Apresentar a emenda foi a forma de cobrar o Estado sobre a maneira certa de proceder. O governador poderia ter referendado a proposta, mas não quis. Lamentamos, mas não desistiremos enquanto o dinheiro não retornar ao bolso dos aposentados e pensionistas.
3. Seu nome vem sendo cotado para a disputa ao Governo do Estado em 2022, como avalia essas especulações?
Meu nome é especulado para o Governo porque meu mandato sempre lutou por causas populares e nós temos um trabalho nas comunidades que é reconhecido em todos os lugares. Além disso, nossa campanha para prefeito de Maceió apresentou uma nova proposta de gestão e mobilizou muito a população. Porém, eu não sou um representante isolado. Eu faço parte de um grupo político e, embora esteja à disposição dele, seguirei o que for definido como melhor projeto.
4. A Assembleia pode repetir em 2022 a mesma junção de força em torno de um nome para o Palácio República dos Palmares?
É incorreto afirmar que a Assembleia tem candidato. Ela é um Poder Constituído e composto por 27 deputados de diferentes correntes. Eu faço parte de um grupo político e nós pensamos que é cedo para discutir 2022. Hoje temos que discutir as urgências de 2021, que são muitas. Uma delas é a devolução dos recursos descontados dos aposentados e pensionistas. Além disso, temos uma série de projetos de lei que vão definir o futuro de Alagoas nos próximos 8, 10 anos. Estamos trabalhando muito por um modelo eficiente de políticas públicas, que dá atenção às populações na extrema pobreza e que torne os serviços públicos verdadeiramente acessíveis a quem mais precisa.
5. Nessa conjuntura que passa o país e Alagoas também, com crise econômica e a pandemia, como visualiza que será o próximo cenário eleitoral, principalmente no estado?
O próximo ano ainda vai debater retomada econômica e um combate à desigualdade social. Esta pandemia escancarou as fragilidades no serviço público, como a saúde, e também ampliou a diferença entre pobres e ricos. Este é o maior desafio. Tornar Alagoas um Estado mais justo e que olha pelos desempregados, pequenos e médios empresários, que pagaram uma conta terrível no pior momento de nossa sociedade em 100 anos.










