Sem coligações, reeleição de deputados federais e estaduais em AL, será um grande desafio

28/06/2021 14:26 - Roberto Gonçalves
Por Roberto Gonçalves
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Deputados que estão sozinhos em partidos, esperam o momento exato para mudança para mudar 

Sem coligações proporcionais, os atuais 27 ocupantes da Assembleia Legislativa e dos 09 da bancada do Alagoas na Câmara dos Deputados, alguns deles, projetam o troca-troca de partidos com vistas a competitividade maior na formação de chapas para as eleições 2022 

A eleição do próximo ano, parece estar longe, mas já bate à porta com muitas articulações e projeções com vistas a manutenção dos mandatos. Nos bastidores, deputados estaduais e federais alagoanos estão preocupados com a montagem das chapas, caso as coligações - união de vários partidos - para o Poder Legislativo continuem proibidas. 

A janela para troca de partidos deve ocorrer seis meses antes da eleição dentro de um prazo previamente definido pela Justiça Eleitoral de acordo com as novas regras da Justiça Eleitoral. 

De acordo com as mudanças, as siglas terão que disputar "sozinhas" vagas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, aumentando a competitividade entre os parlamentares. A expectativa é de que ocorra um troca-troca, movimentado de partidos entre os deputados, de olho em garantir a reeleição em 2022

A eleição municipal de 2020 serviu de exemplo para muitas legendas. O pleito do ano passado foi o primeiro sem as famosas coligações na disputa proporcional para vagas no Legislativo. Esse “sistema” é usado para fazer uma aliança de partidos grandes com pequenos. Entre as vantagens está a de que, quanto maior a coligação, maior é o tempo da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Além disso, na eleição com coligação proporcional, eram computados os votos dados aos partidos e candidatos, aumentando as chances de a coligação obter maior número de cadeiras no Legislativo. Como consequência, é comum existirem nesse sistema os “puxadores de votos”, candidatos que têm votações altas e acabam ajudando outros a se elegerem, por estarem na mesma coligação. 

 MDB em Alagoas reúne os campeões de votos 

O MDB em Alagoas é o partido que reúne maior condição de competividade para reeleição 2022. O partido, atualmente conta com seis deputados; Jô Pereira, Ricardo Nezinho, Olavo Calheiros, Paulo Dantas, Galba Novaes e Marcelo Beltrão. O partido conta ainda com outra vantagem, a liderança do governador Renan Filho, muito bem avaliado no Governo e do senador Renan Calheiros.

Em segundo lugar, está o Partido Progressista (PP) com quatro deputados na Casa de Tavares Bastos, no entanto, a densidade de votos é bem menor que o volume de parlamentares do MDB. Estão no PP, Leo Loureiro, Davi Davino, Ângela Garrote e Tarcizo Freire que foi reeleito com o menor número de votos no partido em 2019, e vem com duas derrotas na disputa pela prefeitura de Arapiraca, em 2016 e 2020. 

Deputados que estão na condição “solo” nos partidos 

Os deputados que estão sozinhos nos partidos e devem mudar antes da eleição aproveitando a condição da “janela”, são; Bruno Toledo no PROS, Marcos Barbosa, Cidadania. Marcelo Victor, o parlamentar, e o único no Solidariedade, atualmente é o “Bola da vez” para assumir o governo do Estado, caso o governador Renan Filho, decida disputar a única vaga para o Senado. Marcelo Victor poderá assumir o governo e ainda disputar a eleição para governador em 2022.

Outros que devem mudar de partido são; são Cabo Bebeto atualmente no PTC. Francisco Tenório PMN, Davi Maia, DEM, Inácio Loyola, PDT e Antônio Albuquerque PTB.

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