Prefeituras receberam vacinas, mas não aplicaram em trabalhadores da indústria

22/05/2021 16:13 - Roberto Gonçalves
Por Blog do Edivaldo Júnior
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De acordo com o Vacinômetro do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira, 21, apenas 4.965 trabalhadores industriais tinham sido vacinados em Alagoas. Destes, 4.959 foram vacinados em Maceió. Até o momento, apenas Maceió segue vacinando trabalhadores da indústria e construção civil, categorias que estão dentro dos chamados grupos prioritários, do Plano Nacional de Imunização da Covid-19 no Brasil.

Dados contidos na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019 apontam que Alagoas tem mais de 69 mil trabalhadores na indústria.

Durante reunião com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Açúcar do Estado de Alagoas (STIA/AL), Jackson Lima Neto, o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, informou que todos os municípios receberam proporcionalmente as vacinas – o que seria suficiente para o início da vacinação de todos os grupos prioritários.

A deputada estadual Flávia Cavalcante (PRTB) também participou da reunião, realizada nesta quarta-feira, 12, pela manhã, na sede da Sesau-AL.

Alexandre Ayres pediu que o Sindicato faça um levantamento da quantidade de trabalhadores do setor e marcou nova reunião, para a próxima quarta-feira. A Sesau, segundo Lima Neto, quer saber a razão desses trabalhadores não estarem sendo vacinados nos municípios, como prevê o PNI.

“Foi uma reunião muito boa. O secretário se colocou à disposição, marcou reunião no nosso sindicato e vai nos ajudar a cobrar das prefeituras o início imediato da vacinação dos trabalhadores da indústria”, diz Jackson.

O presidente do STIA adianta que vai cobrar, a partir de agora, o início imediato da vacinação em todas as cidades que têm usinas, a exemplo de São Miguel dos Campos: “se tem vacina, não podemos aceitar que os trabalhadores, que têm esse direito, deixem de ser vacinados. Adotaremos todas as providências para que as prefeituras apliquem o quanto antes as vacinas nos trabalhadores”, aponta.

A pressão no setor industrial, segundo Jackson, é crescente: “não sei em outros setores, mas todos os dias recebo de 90 a 100 ligações de trabalhadores da indústria sucroenergética. Vamos cobrar das prefeituras que façam sua parte, porque precisamos garantir segurança para nosso setor, que não parou um dia sequer durante a pandemia”, afirma.

O exemplo de Maceió

A vacinação de trabalhadores em Maceió confirma as informações da Secretaria de Estado da Saúde. A capital recebe vacinas seguindo os mesmos critérios de distribuição para outros municípios – ou seja, proporcionalmente à sua população. Cabe aos prefeitos das outras cidades explicar o porquê do atraso na vacinação dos trabalhadores industriais e de outras categorias profissionais.

 

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