Uma escola localizada no bairro Pinheiro, única que atende a educação básica em funcionamento na região, vem sofrendo prejuízos após a desocupação da região. A unidade foi invadida pela segunda vez neste domingo (16), e soma um prejuízo de aproximadamente R$ 4 mil reais em materiais roubados. A Braskem é a responsável por garantir a segurança do local.
A unidade se encontra em uma área praticamente deserta, pois os moradores próximos do local foram obrigados a se retirar por volta de junho do ano passado. Na semana passada, ocorreu a primeira invasão à escola, quando foram roubados os refletores que iluminavam a área externa. Dessa vez, os criminosos invadiram a parte interna e levaram fios, computadores, webcams e outros equipamentos de informática.
A diretora da escola, Edymarcia Cordeiro, afirmou que não recebeu nenhum posicionamento da Braskem. “A gente tem o posicionamento da Ronda do Bairro, que é contratada e terceirizada pela empresa para fazer a segurança do bairro. Antes do furto e arrombamento nós já havíamos solicitado essa vigilância maior em relação às ruas próximas, uma vez que nossos vizinhos sofreram arrombamentos. No sábado, eles sinalizaram positivamente que iam fazer essa ronda, porém não foi feita ou não foi feita de forma eficaz”, conta.

Ela informou que o furto e arrombamento aconteceram durante o dia. “A resposta da Ronda foi que, infelizmente, eles não conseguem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ainda há quantidade insuficiente para extensão dos três bairros que foram evacuados. Apesar da gente ter sinalizado para os dois coordenadores, eles não conseguiram evitar, não viram nada”, explica.
E continua, “a gente não consegue perguntar a nenhum vizinho porque não tem mais vizinho. Então eles não consideram justificar muita coisa. A única coisa que a gente sentiu de diferente é que hoje tem um motoqueiro na esquina da rua da escola. Uma única moto”.
Ainda segundo a diretora, um outro motivo que facilitou a entrada dos criminosos foi a presença de uma residência completamente aberta junto à escola. O fechamento das casas evacuadas também é responsabilidade da Braskem. Ela acredita que "se essa casa não tivesse aberta, com certeza iria dificultar demais o arrombamento, porque a gente tem muros altos".

Desde 2019, a instituição vem sofrendo prejuízos financeiros com a saída de alunos, após o início dos problemas relacionados à extração de sal gema na região. Agora, com as invasões, a continuidade das atividades na escola está sendo prejudicada.
Com relação a Braskem, Edymarcia destacou que nenhum responsável chegou a ir até à unidade. Todo contato que possuem está restrito aos dois coordenadores da Ronda do Bairro.
Os responsáveis pela escola também fizeram um Boletim de Ocorrência (BO) após o roubo, mas ainda aguardam respostas sobre o caso.
Em nota, a Braskem disse que “todas as ocorrências relacionadas à segurança pública devem ser comunicadas pela população às autoridades competentes. Como medida adicional, a Braskem desenvolve ações de apoio à segurança patrimonial, com 256 vigilantes que se revezam 24 horas por dia, sete dias por semana, 150 câmeras e 60 centrais de alarmes com cinco sensores cada, todos ligados à Central de Monitoramento. As informações são compartilhadas com a Polícia Militar, que é acionada via rádio em caso de irregularidades como furto, invasão ou roubo”.