O governador Renan Filho comentou na manhã desta sexta-feira (14) sobre a determinação da Justiça para que o Estado de Alagoas  promova o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino da rede pública estadual. Para Renan é necessário que se faça o retorno das aulas com segurança, que só acontecerá com a vacina. 

“Nós queremos fazer um retorno com segurança. Se a gente volta sem vacinar, certamente as pessoas que trabalham e os alunos vão correr risco de contaminação”, comentou.

Para o governador, a Justiça não deveria ter esperado um pouco mais, até que a vacinação seja concluída. “Nós já estamos faz um ano e meio nesse ensino híbrido, estamos há quase um mês de vacinar os profissionais da educação. Por qual motivo temos que fazer isso agora?”, questionou.

Renan Filho disse que vai verificar isso junto ao Judiciário e que espera contar com eles para que as aulas não retornem agora.

Ontem, uma decisão foi proferida pela juíza Soraya Maranhão, da 1ª Vara de União dos Palmares. A Justiça deu prazo no máximo de dez dias para o retorno

Na alegação da juíza, "Se o gestor público entendeu que a diminuição do número de infecções e de mortes causadas pela Covid-19 permite o abrandamento das restrições impostas às atividades presenciais, não se pode admitir que o retorno, por exemplo, de atividades como cinema e teatro tenha prioridade sobre as aulas presenciais em instituições públicas de ensino voltadas à educação básica". 

A decisão atende a pedido feito pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL). O órgão ajuizou ação civil pública pleiteando o retorno das aulas presenciais. 

O órgão ministerial argumentou ainda que o decreto estadual nº 74.292/2021 possibilitou o retorno praticamente de todos os setores da sociedade, menos o das escolas públicas estaduais, o que seria incongruente.

Veio reinaugurar obras

O governador também comentou a vinda do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que ele “veio para reinaugurar obras já inauguradas”. Ele citou o caso viaduto da PRF, que está aberto para os motoristas desde dezembro de 2020.

“Passagem infeliz. Ele quis fazer um contraponto infeliz à CPI. Aqui foi mal educado, desrespeitou pessoas, e o Congresso”, acrescentou Renan Filho.

Renan ainda afirmou que a reação do presidente parece ter sido “desequilibrada” pela queda que Bolsonaro tem tido na popularidade. "Justamente pelas coisas que ele fez”, completou.