Arapiraquense que teve dedos amputados por assaltante, em 2019, morreu vitima após sofrer mal subito na manhã desta quinta-feira (6), em Arapiraca. Marizete Maria de Oliveira estava com o quadro de depressão, segundo amigos e familiares.
Em menos de dois anos após o crime, Marizete perdeu o filho e teve o marido vítima de homicídio em São Sebastião.
Depois dessas situações, familiares relatam que ela entrou em depressão e tomava remédios controlados, quando não resistiu e sofreu um infarto nesta manhã. Uma parente foi acordá-la para tomar os remédios e ela estava morta.
O velório acontece na Rua Professor Domingos Rodrigues, no bairro Capiatã. O corpo será sepultado às 17h no Pio Xll.
Relembre o caso :
Marizete Maria de Oliveira foi assaltada e torturada em agosto de 2019 no bairro Baixão, em Arapiraca. Segundo informações da vítima , o marido havia saído para comprar um lanche e ela estava sozinha. Instantes depois os criminosos chegaram em uma motocicleta Honda Bros. Um levantou a porta enquanto o outro entrava com o veículo, abaixando em seguida. Ali começava o pesadelo, que ela jamais poderia imaginar que viveria.
Eles começaram a exigir a chave do automóvel, mas a vítima afirmou que estaria com o esposo. Um deles colocou a arma em sua cabeça e disse: "eu mostro a vc q eu não estou brincando", momento em que se dirigiu à mesa das ferramentas, onde estavam uma faca e um martelo, e começou a ameçar cortar seu dedo, enquanto o outro apontava a arma para sua cabeça.
A princípio, Marizete acreditou que a ameaça seria apenas para pressionar, para que ela entregasse a chave do carro. "Em nenhum momento eu imaginei que ele iria fazer aquilo", lembrou.
Ele cortou o primeiro dedo, tampou sua boca, exigiu a chave mais uma vez, mas ela balançava a cabeça, confirmando que não estava em seu poder. Cinco minutos depois, cortaram o segundo dedo, o que a deixou em estado de choque. Ainda ameaçaram cortar um terceiro dedo e, sem piedade, disseram: "nós cortamos os dedos dela todos, cortamos a 'munheca' e colocamos na boca dela".
Marizete lembrou ainda que teve os seios apalpados, o zíper da calça aberta e recebeu muitas ameaças: "a gente vai fazer o que quiser com você e você vai estar morta", relatou.
Na época, os criminosos não foram presos.