O silêncio da família do Nudson Harley foi quebrado como uma forma de agradecimento ao juiz Marcelo Tadeu, que conseguiu chegar ao desfeito do crime que teve como vítima o advogado em 2009, na Avenida João Davino. A família enviou uma carta à imprensa, divulgada pelo jornal Gazeta de Alagoas. 

Em alguns trechos, os familiares destacaram a incansável atuação do juiz em provar que o alvo das balas, que mataram Nudson, era ele. “Ainda sobre o ano de 2009, não poderíamos deixar de lembrar da linha de investigação de um possível crime passional. Muita especulação. Falaram até na prisão de um traficante, suspeito de ser o executor. Foram muitas mentiras, muitas trapaças, até que as notícias pararam de chegar. A última foi que poderia ser crime por engano, questionado pelo Juiz Marcelo Tadeu”, diz trecho da carta. 

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O crime chegou a uma conclusão depois que a Polícia Federal indiciou o delegado Paulo Cerqueira, que deixou o comando da Polícia Civil, após as acusações. A família revelou que soube pelas redes sociais sobre a participação de Cerqueira no crime e destacaram: “O mesmo que nos disse que o crime foi praticado de uma forma mesquinha e que iria descobrir quem eram os assassinos, que desvendar o crime era uma questão de honra. Que aquele crime não iria ficar impune. Mas ficou impune”.

Relembre o caso

Às 19 horas, o dia 3 de julho de 2009, o juiz Marcelo Tadeu estava com a família no estacionamento de uma farmácia, na avenida João Davino, de onde seguiria para casa, no bairro de Guaxuma. 

Próximo a ele estava o funcionário da empresa Qualitec- que prestava serviço para o Grupo Empresarial OAS- o advogado Nudson Harley Mares de Freitas. Um motociclista parou próximo a Nudson e efetuou vários disparos contra a vítima que, conforme os autos, teria sido assassinado por engano, no lugar de Marcelo Tadeu.

Júri popular

Nessa terça-feira (06), Antônio Wendell de Melo Guarniere foi pronunciado a júri popular.  Ele é acusado de ser o autor material do atentado que teria como alvo o juiz Marcelo Tadeu, mas que terminou com a morte do advogado mineiro Nudson Harley Mares de Freitas. De acordo com a decisão, o réu vai responder por homicídio qualificado.

 

*Com informações do Jornal Gazeta.