Meu pai , Seu Antonio Pedro, era um sujeito iletrado, mas cheio de conhecimento substantivo do mundo todo.
De tanto passar fome na infância, o velho mestre, priorizava a comida à mesa:- primeiro o bucho cheio, depois a gente pensa no resto- dizia.
Entendo as razões do meu pai, afinal passar fome não é nada confortável, entretanto, as dores da alma eram ignoradas, como “o resto”, alimentando pessoas com “doenças dos nervos”
Sim, há fome reinando nos tempos pandêmicos , o vírus ataca sem dó nem piedade, os mais vulneráveis economicamente, os que habitam nas marginais da vida, em cubículos minúsculos, transportes públicos abarrotados, o povo desassossegado, semiempregado, a maioria pobres e pret@s.
O vírus devora as possibilidades de sobrevivência da população tutelada instigando medos, síndromes, um desmantelamento na saúde mental.
Recentemente Alagoas inaugurou um espaço para cuidar das sequelas físicas pós-covid 19. Que bom!
Mas, já não é hora Excelência Renan Filho , do Estado de Alagoas, investir , com vontade, na saúde psicossocial desse povo que vive arrastado pelo tsunami de incertezas?
Fala aí com o Alexandre , Excelência.
Saúde mental, entende?