A Justiça alagoana prorrogou a prisão temporária de três policiais militares envolvidos na morte do policial civil Jorge Vicente Ferreira Júnior, ocorrida em janeiro deste ano, no bairro Riacho Doce, em Maceió. Outros três militares envolvidos tiveram a prisão revogada e devem ser colocados em liberdade.
A decisão, dessa sexta-feira (12), foi da juíza Luana Cavalcante de Freitas. O Ministério Público de Alagoas (MP/AL), por meio da 68ª Promotoria de Justiça pediu a prorrogação da prisão temporária em desfavor de três policiais militares envolvidos no crime.
Em seu pedido, o promotor de Justiça, Ary Lages, afirmou que ainda há pontos obscuros no processo e que a falta de esclarecimentos pode complicar na aplicação da pena.
Dos seis policiais militares envolvidos, três foram indiciados e tiveram a prisão prorrogada. Os outros três não tiveram o pedido de prorrogação de prisão, e devem ser colocados em liberdade de forma imediata.
Segundo Ary Lages, o Ministério Público percebeu que havia necessidade de realizar mais diligências para que seja formada uma opinião mais sustentável do seu representante.
“O poder judiciário concordou conosco, acatando a prorrogação da prisão temporária dos referidos indiciados e, ao término das diligências, iremos avaliar para decidir se optamos ou não pela denúncia. Já os demais, que não tiveram pedido de prorrogação temporária, nem pela polícia judiciária, tampouco pelo Ministério Público houve a determinação de serem colocados em liberdade imediatamente”, detalhou Lages.
Para o promotor, diante das informações às quais teve acesso, ainda lhe resta dúvida em alguns aspectos.
“É preciso saber quem são os investigados efetivamente efetuaram a incursão final em face da vítima, se após a vítima já está dominada houve mais algum disparo entre outros pontos considerados cruciais para uma postura melhor respaldada por parte do Ministério Público”, conclui o promotor.
O policial civil Jorge Vicente Ferreira Júnior foi morto em um tiroteio com policiais militares, no dia 17 de janeiro, no bairro Riacho Doce, em Maceió. O corpo do policial civil foi sepultado no dia 19 de janeiro, em Murici, na Zona da Mata alagoana.
No dia 11 de fevereiro, seis policiais militares foram presos suspeitos de terem envolvimento no crime. Eles foram apresentados pela Polícia Militar na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foram ouvidos e, em seguida, foram encaminhados para o presídio militar.
Com a decisão da Justiça, definida nesta sexta-feira (12), três deles continuarão presos e três serão colocados em liberdade.