Atualizada às 12h15
Depois que o Instituto Butantan, que está produzindo o imunizante contra Covid-19 no Brasil, rebateu e desautorizou o cronograma de vacinação apresentando pelo Ministério da Saúde, o secretário de estado da saúde, Alexandre Ayres, afirmou em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (19), que “tá faltando transparência e planejamento” por parte do Governo Federal.
“Recebemos com muita surpresa, ontem a noite, inicialmente para secretários de saúde e governadores, dando conta de uma distribuição de vacinas, dentro do que foi pactuado com os estados. Logo em seguida, o Instituto Butantan, publicou uma nota desmentindo o Ministério da Saúde e desautorizando a apresentar um calendário com um quantitativo de vacinas que o Butantan não se compromete a disponibilizar para o Governo Federal”, explicou Ayres.
O governador Renan Filho também comentou o “desencontro” de informações dadas pelo Ministério da Saúde. “Lógico que esse atraso na entrega das vacinas atrapalha o retorno as aulas, assim como atrapalha a retomada da economia em todo país”, disse ele. A previsão é que Alagoas receba as próximas vacinas com 30% da quantidade que foi anunciada pelo governo após a informação dada pelo Instituto Butantan.
O Instituto informou que não poderá entregar a quantidade de doses informadas pelo Ministério da Saúde, que foi de 13,3 milhões de doses, sendo 9,3 milhões de doses da Coronavac e mais 4 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.
O Secretário Alexandre Ayres pontuou ainda que essas informações trazem uma preocupação muito grande com relação ao crescimento da transmissão da doença. “Traz para gente uma preocupação muito grande. Enfrentamos um crescimento de infecção, estamos sentido isso na ocupação hospitalar e precisamos de celeridade na imunização. Não há tratamento precoce com eficácia comprovada que não seja a imunização”.
Aumento de leitos
Ainda durante a coletiva de imprensa, o governador Renan Filho anunciou que até o final do mês de março, o estado irá receber mais 70 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Atualmente, Alagoas possui 230 leitos e com o aumento, terá 300 leitos disponíveis para o atendimento médico.
Renan Filho salientou também que a inauguração destes leitos será feita de maneira gradual e pontuou que apesar de ter leitos de UTI disponível, é preciso manter os cuidados necessários. “Não adianta só aumentar o leito de UTI, é fundamental o cidadão colaborar para o não adoecimento. É fato que a vacinação está próxima, mas é preciso continuar tomando os cuidados necessários”
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