Após o anúncio feito nesta quinta-feira, dia 18, pelo secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, que confirmou dois casos da nova variante do coronavírus em Alagoas, médica infectologista alerta para os cuidados para evitar a contaminação.
Em entrevista ao CadaMinuto, a infectologista e professora da faculdade de Medicina da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) Luciana Pacheco disse que os cuidados preventivos são os mesmos que já estamos tomando, pois a forma de transmissão é semelhante ao vírus selvagem detectado na China.
No entanto, a professora destacou que há uma informação recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão regulador do sistema de saúde dos Estados Unidos, que o uso de duas máscaras, sendo uma cirúrgica e uma de tecido, dão uma proteção de cerca de 94%, semelhante à máscara usada em UTI, onde a produção de aerossóis é grande.
Ainda não há estudos que comprovem que nova variante do coronavírus é mais letal, disse a médica, ressaltando, porém, que já está confirmado que essa nova cepa é mais contagiosa, ou seja, tem maior poder de transmissão entre as pessoas.
“Portanto, a população precisa se conscientizar que deve seguir as medidas de prevenção, usando máscaras, mantendo o distanciamento entre as pessoas e intensificando a higienização das mãos com água e sabão ou álcool”, recomendou Luciana Pacheco.
Quanto à eficácia da imunização, a infectologista destacou que as vacinas em uso no momento ainda estão sendo avaliadas com relação a essa variante e parece que a vacina Coronavac, por ser produzida com vírus inteiro, consegue produzir anticorpos contra o SarsCov 2. ao contrário da de Oxford que usa como base a tecnologia do RNA.
A Sesau informou que depois da confirmação quanto à ocorrência de nova variante brasileira do SARS-CoV2, surgida no estado do Amazonas, o Ministério da Saúde orientou que amostras biológicas dos casos suspeitos de COVID-19 entre indivíduos com histórico de viagem a locais onde a mutação tenha sido identificada, fossem submetidos ao sequenciamento genético, a fim de monitorar sua circulação no território nacional.
Paralelamente, orientou-se aos estados, o envio sistemático e aleatório de amostras positivas para o SARS-CoV-2 à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), para a realização de sequenciamento genético, de modo a monitorar as variantes virais circulantes no país. Assim, amostras vêm sendo enviadas conforme orientação à Rede de Laboratórios de Saúde Pública do país, da qual o LACEN-AL faz parte, e conforme preconiza o Ministério da Saúde.