Após o período de carnaval, o delegado de Polícia Civil, Antônio Edson, que investiga o caso da enfermeira que aplicou a vacina contra a Covid-19 em uma idosa, de 97 anos, sem injetar o liquido do imunizante, afirmou que irá ouvir os familiares da idosa e a pessoa que estava acompanhando-a no momento da vacinação para que possam prestar os esclarecimentos necessários.

De acordo com o delegado, a polícia já está de posse do laudo feito pela Pericia Oficial, que também deve contribuir nas investigações do caso. Conforme afirmou a Perícia, a primeira conclusão foi que a seringa usada na idosa não apresentava nenhum defeito para injeção do líquido. “O objetivo desse segundo exame foi averiguar a correta adequação da seringa quanto à expulsão do líquido, contido em seu interior,” afirmou a perita criminal Bárbara Fonseca.

Dentro da caixa entregue aos peritos, apenas uma seringa continha líquido dentro. A análise do material foi feita a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) como peça das investigações do caso. 

O delegado salientou ainda que depois que ouvir os familiares da idosa, é que deverá ouvir a profissional para que ela também possa prestar os esclarecimentos a polícia. 

O Conselho Regional de Enfermagem (Coren), em Alagoas, vai instaurar um processo ético disciplinar para apurar a conduta da profissional. Conforme explicou a entidade, a enfermeira, cuja identidade não foi divulgada e é servidora da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS) foi afastada. Segundo o Município, um processo administrativo para investigação do caso também foi aberto.

O caso 

O caso aconteceu no dia 28 de janeiro em posto da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS), para a vacinação contra a Covid-19, montado em um shopping da Capital. O fato só foi descoberto após a família assistir o vídeo da suposta vacinação, e verificar que o líquido da vacina não foi injetado na idosa, denunciando o caso, que viralizou nas redes sociais.

*Sob supervisão da editoria