Na tarde desta quarta-feira, 03/02, recebo um telefonema da Lina Efigênia, mulher preta, psicóloga, poeta lá das bandas de São Paulo. Mulher guerreira investida de frente contra o racismo estrutural, principalmente contra o genocídio naturalizado e legitimado do povo preto.
O telefonema de Lina veio carregado de emoção indignada:- 'Estão matando nosso povo, nossas meninas, Arísia Barros e , nós como mulheres pretas, ativistas e, principalmente, mães precisamos tomar atitudes, criar estratégias. Não é mera coincidência a morte de Ana Carla, mais uma menina de 5 anos, nas favelas do Rio. é uma matança orquestrada do Estado brasileiro. Quando se mata um@ filh@, com el@ sepulta, também uma mãe e uma parte da história.
Eles acordaram de nos matar e o plano está em curso, e essa revolta virtual não nos ajuda. Precisamos articular ações decisivas. Precisamos arregaçar as mangas , dialogar e pensar junto, estratégias e formas de combater a violência praticada pelo Estado contra os o povo preto, especialmente crianças e juventudes, pobres e periféricas.
- Você é mãe, Arísia Barros , eu também sou , e vamos assistir a tudo isso de prazo cruzados?"- pergunta Lina
-Não, não vamos!-digo.
Bem, esse texto é uma convocatória para determinadas mulheres pretas, daqui e d1acolá. . O convite para luta chegará em tuas mãos.
Precisamos reinventar a resistência preta!
Vamos?