O Conselho Regional de Medicina em Alagoas (CRM/AL) afirma seguir o último parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o uso da hidroxicloroquina, ivermectina e outros medicamentos no tratamento do novo coronavírus.
Um movimento formado por médicos, entre eles alagoanos, vem defendendo o tratamento precoce da doença com o uso dessas substâncias. No entanto, o parecer do CFM orienta que o uso dos medicamentos devem ser feitos em pacientes com sintomas leves no início do quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue), e que tenham confirmado o diagnóstico de COVID 19, a critério do médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente, sendo ele obrigado a relatar ao doente que não existe até o momento nenhum trabalho que comprove o benefício do uso da droga para o tratamento da COVID 19, explicando os efeitos colaterais possíveis, obtendo o consentimento livre e esclarecido do paciente ou dos familiares, quando for o caso.
Essa mesma orientação foi dada aos médicos no início da pandemia e a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou que não existe tratamento precoce para doença ao aprovar o uso emergencial da vacina coronavac.
O movimento dos médicos tem sido através de um perfil no Instagram denominado @tratamentoprecocebrasil , cujo intuito é divulgar perfis de profissionais que apoiam o tratamento precoce da Covid-19 no Brasil. Ao menos cinco médicos de Alagoas, de especialidades diferentes, compartilham da opinião criticada pelos órgãos oficiais de saúde e que tem ganhado espaço em discussões envolvendo a doença.
“Perfil dedicado aos médicos que apoiam o tratamento precoce da COVID-19 recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil”, diz a biografia da página.
Entre os médicos, que segundo a página, apoiam e adotam o tratamento precoce contra a Covid-19 em Maceió estão: Bertine Malta, Patricia Rennée, Mary Gleyce Falcão, Rodrigo Timóteo e Cláudia Voss Vilanueva.