
O trato da questão racial, em Alagoas é algo exacerbadamente incipente,não recebe a devida atenção, tipo puxadinho na Casa Grande.
Nos últimos anos as respostas institucionais , sobre as políticas de direitos humanos de pret@s, índigenas e as outras ditas minorias são tão pifias que podemos falar n'uma forma institucional de anorexia de resultados.
O foco dessa inapetência política amplificada não é sobre um orgão em si, envolve principlamente, o sistêmico e estrutural modo desconsiderado-descompromissado , que o Estado trata a questão.
A SEMUDH, criada pela lei nº 6.326, de 03 de julho de 2002, mesmo sendo um orgão da da administração direta é importantissimo fruto das muitas articulações e das lutas dos movimentos sociais, e aqui, reafirmo a luta aguerrida do Movimento Negro Unificado, do Brasil todinho.
Alagoas, a terra alimentada com o sangue de pret@s e indigen@s merece ver ressignificada, ( além dos discursos panfletários, emblemáticos, ou hashtags promocionais) através de políticas públicas eficazes e eficientes, sua singular luta centenária, gritada lá daquele quilombo da serra barriguda.
Evidentemente, dentro de uma concordância política, é de praxe a aglomeração de parceiros poiticos, em orgãos públicos , entretanto a SEMUDH é um espaço de acúmulos /conquistas sociais, que precisa ter seus pilares populares preservados
Para condução e administração de espaços sociais carece intervenções técnicas , maior sensibilidade à política das causas, visões extras do mundo, a capacidade de reinterpretação de territórios e gentes diversas e diferenciadas , além de que, as conquistas históricas do povo preto não podem e nem devem ficar submissas ao partidarismo político. São inegociáveis.
Aqualtune,Zumbi, Ganga Zumba , como estrategistas, já deram a contribuição macro para desmantelar o segragacionismo dos dessemelhantes e desiguais ,lá no Quilomdo dos Palmares,então a questão chave aqui é: por que é tão difícil para Alagoas- estatal fazer sua parte?
Já não é hora de despartidarizar a SEMUDH , Renan? Precisamos redemensionar o debate...
Vamos?
Foto: @ninja