O reitor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Josealdo Tonholo, disse que ficou surpreso com a portaria 1030/2020 do Ministério da Educação (MEC) que determina a volta às aulas presenciais nas instituições federais de ensino a partir de 4 de janeiro de 2021.
Em nota emita nesta quarta-feira (2), a UFAL informou que o tema será discutido “nas instâncias acadêmicas e na gestão, bem como será levado à Andifes”. O reitor só se posicionará após este entendimento. Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) disseram que a portaria é uma “atitude irresponsável, equivocada e que atenta contra a vida do povo brasileiro.”
“A retomada de atividades presenciais significaria uma verdadeira migração de milhões de estudantes, que em grande parte se encontram em regiões e/ou municípios distantes de seu local de estudo. Somado à circulação cotidiana em ambientes fechados nos campi e prédios das universidades, os riscos de contaminação e proliferação do vírus são altíssimos”, afirmou o texto.
A volta às atividades presenciais colocará em circulação mais de 2,3 milhões de pessoas, entre alunos, professores e técnicos, segundo dados do próprio MEC.Procurada por um portal de notícias, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirmou que só vai se posicionar após reunião com os reitores.
A portaria desta quarta diz respeito apenas às instituições federais de ensino.