“A hotelaria respeita, mas não concorda”, essa foi a colocação do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL), Ricardo Santos ao ser questionado sobre o anúncio feito nesta quinta-feira, dia 03, pelo secretário de estado da Saúde, Alexandre Ayres ao limitar o público em eventos de final de ano, acarretando no cancelamento dos maiores réveillons de Alagoas.

O presidente da ABIH destacou que essa segunda onda certamente não será tão perigosa quanto a primeira e pontuou que, o aumento de casos foi ocasionado pelas aglomerações em eventos políticos, mas, no entanto os empresários estão sendo penalizados.

“Há vários meses os hotéis, assim como bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais estavam funcionando e os números estavam sob controle e até diminuindo, porém quatro dias após a campanha todo esse quadro foi alterado”, reclamou Ricardo André.

Quanto ao limite máximo de 300 pessoas nos eventos, número este estabelecido em protocolos de saúde devido à pandemia do novo coronavírus, o presidente da ABIH disse que discorda dessa medida no que se refere ao número de pessoas. “Essa limitação deve existir, porém é preciso que ela se adeque à metragem do local aonde vai ser realizado o evento e não como foi generalizado para todos, independente da área onde iriam ser realizados”.

Ricardo André pontuou que o setor está vivendo um momento muito difícil, o início de um novo ano se aproxima e o cenário que se vislumbra para o mês de janeiro é “estranho” em relação aos anteriores. “As pessoas estão receosas, não sabem se as aulas vão retornar,  se vão poder viajar, mas a única certeza é que os setores não vão suportar a imposição de mais uma limitação”.

Outro cancelamento rechaçado por Ricardo André foi a queima de fogos na orla da capital. “Não acredito que a não realização da queima evite que as pessoas se dirijam à orla para celebrar a virada do ano. Isso vai ocorrer da mesma forma. É tradição, afirmou ele questionando: “como vamos nos recuperar sem temporada?”.