No feriadão do dia dos finados o tema mais importante nos grandes meios de comunicação foi a eleição presidencial dos Estados Unidos. Pouca atenção foi dada para as eleições municipais do Brasil.
Sequer foi apresentado algum destaque para a movimentação dos candidatos das principais cidades do país numa data tão significativa, especialmente no momento em que vivemos uma pandemia.
E nesta terça-feira (3) a linha editorial continua inalterada: Donald Trump e Joe Biden permanecem como a principal notícia. Tudo leva a acrer que assim deve permanecer pelos próximos dias.
A aposta é que eleição americana é decisiva para o futuro dos Estados Unidos, do Brasil, do planeta e até da democracia!
A analista Michael Hirsh diz que a vitória de Trump lançaria o pais “como mais um dejeto na pilha de cinzas das repúblicas fracassadas que se estende à Grécia e Roma antigas”. Para o cientista político Eliot Cohen, seria “não um estado fracassado, mas uma visão fracassada, uma potência em declínio cujo tempo passou”.
Vitória de Biden significaria outra visão do acordo climático de Paris, novos compromissos nucleares com a Rússia e outro tipo de relação com a China, outra atitude com o coronavírus, por exemplo.
E com relação ao Brasil chefiado por Jair Bolsonaro, que se pronunciou favoralmente a reeleição de Trump e é visto como populista de direita, contam que Biden vai entrar forte na mudança do clima, no desmatamento e não vai hesitar em desafiar Bolsonaro na questão da proteção da amazônia.
Já há quem diga que alguns ministros do governo brasileiro dependem do resultado do pleito dos EUA para permanecerem ou não no cargo, principalmente o do meio ambiente e o das relações exteriores.
Aguardemos.