Candidatos em Palmeira revelam descaso com obras paralisadas

23/10/2020 18:28 - Roberto Gonçalves
Por Tribuna do Sertão
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Nos últimos meses com o avanço da pandemia, o que salvou a população mais carente do quarto  maior município de Alagoas foi a liberação do fundo de emergência criado pelo Congresso Nacional e aplicado pelo governo federal. A situação é inerente a vários municípios do país.

 

Mas o parâmetro de Palmeira dos Índios se aprofunda em face de uma gestão que não tem cuidados com sua população no aspecto social.

 

Vários bairros na Cidade - bem como na zona rural estão abandonados e infelizmente essa realidade só veio à tona neste período eleitoral quando os candidatos pelas redes sociais revelaram o verdadeiro retrato de Palmeira dos Índios.

 

A atual gestão iniciou em 2017 sua atuação no Município de Palmeira dos Índios e muito marketing e fantasia  chegaram ao grande público. Um espetáculo circense.

 

De lá para cá apenas obras que estavam próximas de conclusão como a Praça da Independência e a urbanização do Cristo do Goití foram finalizadas.

 

Uma obra emblemática que faltava apenas 5% para sua conclusão, o Conjunto Brivaldo Medeiros virou sinônimo de descaso com o povo.

 

Mas o governo que se intitulava infalível em gestão revelou mesmo que é infalível em marketing e maquiagem. Bastou chegar as eleições e com a novidade (não tão nova) das redes sociais e dos celulares em punho, que os candidatos a vereador e majoritários  saíram pelas ruas mostrando o descalabro com o dinheiro público e o abandono de logradouros e equipamentos em construção.

 

O candidato Geraldo Ribeiro (PTB) foi o pioneiro nessa eleição em Palmeira. A cada semana ele mostra duas ou três obras inacabadas da atual gestão.

 

Hoje (23) ele mostrou uma que não tem finalidade urbanística e que desperdiça quase R$2 milhões dos cofres públicos.

 

Mas vários candidatos a vereador em Palmeira dos Índios estão seguindo o exemplo de Geraldinho (como é conhecido) e dando uma lição aos atuais edis e saem as ruas exercendo – mesmo que estejam sem mandato – uma das funções fundamentais dos atuais parlamentares que é fiscalizar as ações do Poder Executivo.

 

Neto Souza (Patriota) mostra em vídeo o lixo da Salgada. Uma tristeza.

 

As denúncias desses candidatos vêm bem a calhar, porque a ausência desse trabalho por parte dos atuais vereadores, recebeu diversas críticas da opinião pública durante essa legislatura. Além de promover o nome como candidato – pois existe boa repercussão nas redes sociais – os candidatos prestam bom serviço à população que geralmente não tem acesso ou conhecimento dos problemas existentes, aos órgãos de imprensa e ao Ministério Público, pois verifica in loco o abandono que a cidade se encontra.

 

Vejam exemplos:

 

Um elefante branco cuja conclusão se arrasta e com problemas graves em sua licitação é o Marinete Neves, cuja obra se arrasta pelo tempo. Teve início em 2009 e, até agora, ainda não foi concluído. Inclusive, a Prefeitura de Palmeira já foi até notificada pela CGU da necessidade de concluir essa obra.

 

Em 2017 o secretário de infraestrutura João Lessa (hoje secretário de Agricultura do Estado) disse: “temos que resolver esse problema, são centenas de crianças que necessitam daquele espaço em condições adequadas; conseguimos corrigir o piso, mas o telhado ainda está danificado. Independente de quem for o gestor, essa obra pertence à população e a ela deve ser entregue”, apregoou, mas Lessa saiu e o sucessor não conseguiu cumprir a promessa do secretário .

Passou o tempo e nada foi resolvido.

Na área da Saúde, o caos é ainda maior

Várias UBS estão inconclusas e fora do tempo limite para o fim das obras. Palmeira virou um canteiro de obras inacabadas, disse um comerciante que não quis se identificar com medo de represálias.

 

O Centro de Reabilitação que era promessa de se tornar referência no Estado, obra no valor total será de R$ 700 mil, virou mato.

Cartão postal virou vergonha para cidadão

Mas a obra do Lago do Goiti considerada pelos áulicos da gestão como o divisor de águas para Palmeira virou piada.

O principal cartão postal, incrustrado no centro da cidade virou um pântano fétido e que afastou até os animais que ali viviam, como jacarés. Um crime ambiental. A obra foi viabilizada através de emenda do deputado federal Marx Beltrão, com a total revitalização e reestruturação do Lago do Goiti. No local, seriam edificados um parque urbano e turístico, com recursos da ordem de R$ 4 milhões – anunciados como empenhados pelo então ministro Marx Beltrão.

A obra parou e hoje às vésperas da eleição se colocou poucos profissionais no local para sugerir ao povo que a obra tem continuidade, matando de vergonha o palmeirense que pergunta aos quatro cantos: cadê o dinheiro da obra que anunciaram já está nos cofres? Será que não foi suficiente.

Uma máquina escavadeira está no local há oito meses quebrada. Palmeira dos Índios sofre com a desorganização e má gestão. Uma cidade triste que precisa recuperar a autoestima. O palmeirense não merece isso!

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