Depois de denunciar um caso de machismo do qual foi vítima, cometido em um grupo de Whatsapp, por um integrante da Polícia Militar, a tenente-coronel Camilla Paiva, do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) informou, nesta terça-feira (28), ter sido alvo de ameaças anônimas.
Em vídeo gravado na delegacia e exibido em suas redes sociais, a tenente-coronel destacou que registrou um Boletim de Ocorrência para que o caso seja apurado.
“Fui vítima de agressão de gênero e recebi ameaças por meio das redes sociais. Pegaram meus dados pessoais, CPF, endereço, telefone, como forma de me amedrontar por causa do nosso movimento e da nossa união”, relatou Camilla, acompanhada da advogada Julia Nunes, presidente da Associação Para Mulheres (AME).
Sem entrar em detalhes sobre o teor das ameaças, a tenente-coronel disse que o responsável ou os responsáveis pelo crime serão encontrados e nada irá impedi-la de seguir em frente na luta por respeito e segurança para as mulheres.
“Recebi mais de uma ameaça. Isso é grave e vamos encontrar o responsável”, prosseguiu, frisando que continuará firme no movimento “Somos todos Marias” e na luta pelo direito à vida, segurança e respeito da mulher.
Em seguida, Julia Nunes acrescentou que, mesmo que o criminoso se esconda atrás de uma tela de telefone ou computador, a polícia tem competência e meios para encontrá-lo: “Ameaçar via redes sociais e difamar só agrava o crime. Todas as medidas cabíveis serão tomadas para esse e para outros que se atreverem a fazer o mesmo”.