Após o anúncio da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secut-AL), feito através das redes sociais, de que R$ 300 mil serão destinados em um edital emergencial para o "Festival Dendi Casa Tem Cultura", que beneficiará os artistas, personalidades alagoanas e até a deputada Cibele Moura (PSDB), questionaram o montante disponibilizado e o fato de não haver qualquer limitação ou restrição para participar desse programa.
Em sua conta no Twitter, a deputada destacou que apesar de ser uma iniciativa louvável, é preocupante o fato de não haver qualquer limitação ou restrição para participar do programa. “Por isso, os grandes cantores ou bandas já consagradas podem se inscrever para pleitearem tais valores, competindo com aqueles pequenos artistas que realmente necessitam de ajuda perante essa situação que vivemos. Precisamos ter o critério de renda bem definido!”
A deputada disse ainda que o foco deve ser realmente a parte mais vulnerável da classe. “O criterio de renda é necessário para que o estado consiga chegar nos mais vulneráveis”.
Em resposta aos posicionamentos da deputada, a secretaria de cultura, Mellina Freitas, explicou a importância da presença da cultura nesse período de quarenta e afirmou que o projeto estimula a cadeia da economia criativa de Alagoas. “Tem sido a cultura, umas das principais ferramentas de entretenimento e troca de conhecimento. Desta forma, esclareço que o edital da Secult não é pra "live". É para os artistas alagoanos! Ao longo desses dias, nossa equipe procurou maneiras de auxiliar nossos artistas, e encontramos a modalidade "apresentação online", popularizada como "live", como nossa aliada. O projeto estimula a cadeia da economia criativa de Alagoas…”.
No Instagram, a professora Maria Tavares explicou que dá pra conseguir viabilizar recursos privados usando o poder de audiência que o governo tem e destacou que não é contra a cultura, mas é contra gestores públicos que não sabem pensar de forma inovadora em prol da economia de um recurso que já não é suficiente e que faltará daqui a pouco. “O recurso público poderia ser melhor utilizado na saúde, o problema é que a polarização política é tão grande que ninguém, absolutamente ninguém, consegue defender uma ideia, ainda que seja plausível sem nenhum tipo de ataque”.
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