A moça se aprontou toda, colocou na bolsa, o álcool gel , item indispensável nesses tempos de incertezas. Atordou-se com a rua vazia, e respirou fundo, na lembrança de outros tempos de liberdade. Bem recentes.
Não faz tanto, mas, já existiu um tempo em que se era permitido sair de casa e atravessar todas as ruas,esquinas,becos do universo. Hoje todo esse mundo está em suspensão.
A moça saiu de casa , com o firme propósito de ir ao supermercado. Comprar mantimentos .
Antes do retorno à casa, dirigiu-se, em um veículo de aplicativo,para ver a mãe de mais perto. Alimentava saudades
Olhou de longe, a mãe, e o afago-como vento temporão, se fez um gigante carregamento do querer bem. Falou em saudades. -Como queria te dar um abraço, mãe!- exclama a moça, respeitando distâncias.
Nesses tempos de "cada um@ no seu quadrado" gestos de gentilezas , substanciam a leveza de abraços, beijos e dos "eu te amo".
Na manhã da quinta-feira, respeitando a devida a distância, minha alma foi afagada por um desses amores , que só o coração explica.
Arianne Barros, a design, é minha única filha e trouxe de presente um transbordamento de contentamento.
Estamos isoladas, mas, não sozinhas!

Raízes da África