Expulso do PSL no ano passado após criticar o governo e Jair Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Frota, eleito por São Paulo e agora no PSDB, anunciou que entrega nesta terça-feira (17) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o pedido de impeachment do presidente.
O parlamentar deve alegar que Bolsonaro descumpriu o artigo 85 da Constituição Federal e cometeu crime de responsabilidade ao convocar apoiadores para protestar contra os poderes Legislativo e Judiciário.
Também vai entrar no pedido como fato novo que Jair Bolsonaro cometeu crimes contra a saúde pública ao ignorar a orientação de ficar em isolamento e cumprimentar seus apoiadores durante a manifestação pró-governo.
Menos radicais, por enquanto, outros parlamentares que foram aliados de Bolsonaro em 2018 também estão partindo para o confronto. É o caso de Júnior Bozzella (PSL-SP). Ele propõe que seja feito um teste de sanidade mental, antes de se pensar em impeachment, uma vez que Bolsonaro quebra o decoro todos os dias.
Cotada para vice na chapa de Jair Bolsonaro, Janaina Paschoal, deputada estadual por São Paulo, acusou o presidente de "crime contra a saude pública" por ter cumprimentado manifestantes, e disse que se arrependeu por ter votado no presidente e ainda que as autoridades brasileias deveriam se unir e pedir para que deixe o governo pois o processo de impeachment é demorado e há urgência.
Embora circulem de forma discreta e isolada pelos corredores do Congresso Nacional, contam que o número de deputados e senadores insatisfeitos que apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro é crescente.