Hora de conhecer o clássico "Bonequinha de Luxo"

04/03/2020 10:00 - Resenha100Nota
Por Bruno Omena
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Não é difícil encontrar alguém que reconheça a imagem de Audrey Hepburn trajando um vestido preto, uma tiara de brilhantes na cabeça, colar de pérolas e uma cigarrilha na mão. O quadro, tirado do filme "Bonequinha de Luxo" (1961) ganhou o mundo e virou ícone da cultura pop, tendo diversas versões e estampando camisetas e telas.
Porém, poucos se deram o "trabalho" de ir atrás da fonte. O longa dirigido por Blake Edwards é uma deliciosa comédia, cheia de estilo, uma música tema inesquecível e uma bela história de amor.

Audrey Hepburn é Holly Golightly, uma acompanhante de luxo à procura de um marido rico para esquecer de vez os tempos de pobreza de sua juventude. Todas as manhãs ela tem o ritual de tomar café da manhã em frente a famosa joalheria Tiffany. É olhando para a vitrine que Holly esquece os problemas e sonha com o futuro.
Ambiciosa e determinada, a moça tem suas convicções abaladas com a chegada do vizinho Paul Varjak (George Peppard), um escritor sustentado por uma mulher mais velha que o tem como amante.

Baseado no texto de Truman Capote, "Bonequinha de Luxo" quase teve outra protagonista. Capote vendeu os diretos de sua obra desejando Marilyn Monroe como protagonista, mas a atriz recusou o papel com receio de associar sua imagem a uma garota de programa.
O roteiro, que inicialmente pode induzir o espectador a achar que o filme é uma comédia romântica bobinha, na verdade é um conto sobre uma mulher e suas escolhas.
Holly decidiu fugir de uma realidade dura, deixando para trás coisas importantes. Consciente disso, ela tentou a todo custo viver um sonho para não pensar no que passou. À primeira vista, sua personalidade pode parecer fútil, mas não há futilidade no coração de quem só quer ser feliz. Paul surge na trama para ajudar Holly a se conectar consigo mesma e fazê-la compreender que é impossível  viver sem vínculos genuínos de amor. Ela, que tinha medo de nomear seu gato de estimação para evitar laços afetivos, acabou percebendo que os sentimentos não precisam de denominação.
Um filmaço para ver e se emocionar ao som de "Moon River", canção vencedora do Oscar.

10.0

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