Nova versão de "Adoráveis Mulheres" atualiza discurso sobre independência e felicidade

15/02/2020 09:00 - Resenha100Nota
Por Bruno Omena
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Jo March e suas irmãs voltam para a casa onde viveram na infância para encontrar a caçula que padece de uma doença.

Sob o comando da diretora Greta Gerwig, "Adoráveis Mulheres" (2019) é a oitava versão para os cinemas do livro "Mulherzinhas", de Louisa May Alcott.
Gerwig decidiu apostar em duas linhas narrativas alternadas durante todo o filme. Assim vemos o presente e passado de Jo e suas irmãs. Saoirse Ronan é a protagonista Jo, cujo sonho de ser escritora é proporcional ao medo de seguir o caminho da grande parte das mulheres: o casamento.
Nesse sentido o filme traz reflexões importantes sobre o caminho que tomamos e o receio de perder a autonomia da própria vida. Às vezes esse temor que nos leva a fugir pode nos deixar preso a outro roteiro engessado. A felicidade não tem destino certo e sucesso profissional não precisa seguir o caminho oposto do campo sentimental.

As irmãs representam bem cada modo de ver a vida. Florence Pugh quase rouba o protagonismo de Saoirse. A jovem atriz que chamou atenção no terror "Midsommar" promete ser figurinha carimbada nas futuras premiações da indústria cinematográfica. Emma Watson, a eterna Hermione da franquia Harry Potter, tem atuação correta, mas discreta e Laura Dern pra variar está ótima, interpretando a mãe das garotas.

Em suma, "Adoráveis Mulheres" é um belo filme sobre caminhos, escolhas, concessões e felicidade.

8.0

*Instagram para contato: @resenha100nota

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