Vejo a mulher preta exausta de ausências, em um canto  numa conversa com ela mesma, sobre   dores e exclusões. É movida pelo vício do alcool.
Para ela   a normatização do viver entre quatro paredes estrangula caminhos, desacelera voos.
Sufoca seu conceito de liberdade.
E, na ótica do abandono familiar,  a liberdade  está nos espaços da rua.
É uma mulher de 59 anos, já entrando na velhice.
Teve, faz um hiato de tempo, um cão fiel, chamado Junior .
Júnior   levou sumiço  no mundo ,em uma das vezes, que  sua dona foi interna.
O cão era  seu companheiro,confidente.
Hoje a vi tentando integra-se a um grupo de jovens pret@s,em um mundo  movido etilicamente.
O grupo a rejeitou.
Ouvia-a dizer:- Mas, como vocês fazem isso comigo, eu uma mulher velha?
Ouvi o silêncio fazendo eco.
Ela já teve o Júnior e uma família.
 E hoje vive só.
Nas ruas.