2020 e 2022: Bolsonaro e Lula

14/02/2020 10:00 - Voney Malta
Por VONEY MALTA

Há quem diga que o estilo do governo do presidente Jair Bolsonaro é desunir, separar, desintegrar, destruir e que lhe falta tolerância e humanidade sobre quem pensa diferente.

Tudo exatamente ao contrário do que é defendido pelos liberais: integrar, unir, gerar oportunidades a quem não tem.

Ministros, simpatizantes e aliados sentem-se a vontade para proferir agressões, impropriedades e xingamentos, provavelmente tendo como exemplo o próprio chefe, não lhes importando o local nem o meio.

Contudo, sem qualquer ação da oposição, criam falas e situações registradas que servirão como mel para qualquer marqueteiro mediano.

Geralmente certo na ideia, mas incorreto no conteúdo, o governo - especificamente o ministro da Economia Paulo Guedes, deu esta semana ao PT mais um mote da campanha, o reforço ao discurso especialmente das esquerdas. 

Certamente a frase  “Empregada doméstica indo pra Disneylândia? Uma festa danada Peraí!” - dita na véspera de Lula se encontrar com o papa Francisco no Vaticano para discutirem um “mundo mais justo e mais fraterno” e “a experiência brasileira no combate à miséria”, será tema de discurso na campanha deste ano e até na eleição presidencial.

O combate à miséria, programas de inclusão social, interiorização da educação, enfim, sao temas umbilicalmente ligados aos petistas.

São essas ideias que serão debatidas nas campanhas eleitorais, independente de fatos como condenação, prisão, os erros do PT e sua falta de autocrítica.

Afinal de contas, generalizar ao chamar os servidores de parasitas, de forma inconsequente desafiar os governadores a zerar os impostos dos combustíveis, excluir os nove governadores e a sociedade civil do Conselho da Amazônia,  além de ataques constantes a jornalistas, ambientalistas, pesquisadores, professores, estudantes, diplomatas, policiais federais, auditores fiscais, políticos, entre outras categorias, dão um belo mote para diversos partidos de centro, de direita, e especialmente ao PT.

São tantos os erros crassos ofertados pelo governo do atual presidente, mesmo com os partidos de oposição jogando basicamente parados, quase inertes.

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