A ação popular foi apresentada pelo Caad (Coletivo de Advogadas e Advogados pela Democracia), de Curitiba, por encontrar indícios que um outdoor em homenagem à operação instalado na capital parananese no ano passado foi pago por um dos procuradores da equipe.
Exatamente treze membros e ex-membros da força tarefa terão que explicar ao judiciário se têm relação com a propaganda exposta no mês em que a lava Jato completou cinco anos. Próximo ao aeroporto Afonso Pena, lá estavam as fotos dos integrantes e a frase "Bem-vindo à República de Curitiba, terra da Lava Jato, a investigação que mudou o país".
O procurador Diogo Castor, que deixou a Lava Jato dias após a instalação do outdoor, é suspeito de ter efetuado o pagamento. De acordo com reportagem do UOL, "Mensagens divulgadas pelo "The Intercept Brasil" apontam que Castor confessou a seus então colegas da Lava Jato ter pago pela propaganda. O depoimento à Polícia Federal de um hacker que obteve essas conversas reforça essa suspeita".
O Coletivo de Advogadas e Advogados pediu ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) a apuração dos responsáveis sobre o outdoor.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também solicitou informações sobre o outdoor no inquérito que apura distribuição de fake news.
Entre os procuradores citados pela justiça federal está o mais famosos deles, Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato.
O MPF do Paraná disse que os "atuais membros não tiveram relação com o outdoor e se pronunciarão nos autos em momento oportuno".