A Elisabete é dessas alagoanas arretadas, que carrega alguns títulos: bibliotecária. Esposa. Mãe de três.
João  tem 29 anos,e é o filho do meio da Elisabete.
O João  tem transtorno do espectro autista (TEA),e nesses 29 anos,Elisabete pôs  mochila nas costas,borboletas na alma e saiu mundo afora coletando informações ,dando o máximo de si, como aprendiz sobre o  autismo, e na criação de possibilidade para mudar a trajetória do filho.
Torná-lo independente.
Fala que se deparou com muita  falta de informação e de profissionais qualificados para atender seu menino.
Elisabete afirma que não cabe romantismo  no processo de cuidados. Que aprendeu a "reprocessar tudo" as expectativas em relação a João. Que fica exausta. Que de quando em vez quer jogar tudo para o alto, mas, tem algo que a faz continuar caminhando: o amor que seu menino transpira é puro e líquido.Um amor que cria camadas  de proteção na alma da mãe e da família do João.
É o combustível para continuar caminhando.
Elisabete,uma colhedora de sonhos,diz que não busca mais respostas para os porquês do mundo e  segue  interpretando ,em todas suas singularidades, a missão de ser mãe do João, do Mateus e da Maria Luiza. Bibliotecária. Esposa. 
O João, especialmente, deu sorte. Elisabete é uma grande mãe.
Uma mulher preta que ultrapassa os limites em nome de um amor incondicional.
Orgulho de conhecer, Elisabete e sabê-la minha amiga.