O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) decidiu arquivar a denúncia feita pela mãe e padrasto do menino Danilo Almeida, morto há dois meses no bairro do Clima Bom, em Maceió, de que haviam sofrido tortura por parte da Polícia Civil, inclusive dos delegados que investigavam o caso. Segundo o órgão, o casal negou a existência de tortura psicológica.
Em entrevista à TV Pajuçara, na noite desta sexta-feira (13), o promotor de Justiça Magno Alexandre, disse que a mãe de Danilo, Darcinéia Almeida, foi ouvida pelo MP e negou “peremptoriamente”, que tenha sofrido qualquer tipo de tortura. Ela teria relatado que estava sob efeitos de remédios quando fez a acusação.
O promotor disse também que o padrasto do menino, José Roberto, que está preso, acusado de estupro e cárcere privado contra sua ex-companheira e uma enteada, em Arapiraca, também negou a existência de tortura ou abuso.
Ainda na entrevista, Magno Alexandre afirmou que os delegados Fábio Costa e Bruno Emílio foram acusados injustamente, pois a denúncia nunca se comprovou, e que não havia motivação para instauração de nenhum procedimento contra os dois.
Darcinéia Almeida fez a denúncia em outubro. Ela e o então companheiro, José Roberto procuraram a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DP/AL) e acusaram a Polícia Civil que de tortura-los psicologicamente. Na época a Defensoria chegou a pedir o afastamento da equipe que investigava o caso.
A morte de Danilo Almeida completou dois meses, na última quarta-feira (11), e as investigações continuam. Em meio a reviravoltas o caso ainda não foi esclarecido pela polícia.