Ex-ministro dos governos petistas, dono de excelente visão política e criador de estratégias, José Dirceu, depois de deixar a prisão, em novembro,beneficiado pela decisão do STF sobre cumprimento de pena após condenação em segunda instância, onde cumpria, em Curitiba, pena de trinta anos, nove meses e dez dias na Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, publicou nesta terça- feira (3) a sua primeira coluna no site Metrópoles.

E, como esperado, analisa e afirma que os “atos recentes no Equador, no Peru, no Chile, na Bolívia e na Colômbia nos remetem de novo ao militarismo”. Dirceu também avalia a realidade brasileira e afirma ser grave "o papel exercido pelos militares, que não escondem seu apoio a dois eixos principais da política de Bolsonaro: o alinhamento total à hegemonia e política externa norte-americana e a radical política liberal e de mercado de Guedes". 

Para o ex-ministro, "Bolsonaro aos poucos propõe mudanças legais, que, na prática, legalizariam uma ditadura, como o uso sem embasamento constitucional das chamadas GLO [operações de Garantia da Lei e da Ordem] e a exclusão de ilicitude".

Ele diz ainda que "A oposição liberal vacila e, comprometida com a pauta neoliberal, busca desesperadamente uma saída sem Bolsonaro, cala-se frente à tutela militar, mas seu verdadeiro temor é Lula, o PT e a oposição de esquerda. O presidente agride e repudia (começando pela Globo e pela Folha), avança em sua política autoritária, fundamentalista, religiosa e reacionária e se prepara para a reeleição.

Um espectro ronda as noites: o povo rebelado e insubmisso – e a saída militar, a ditadura”, antevê José Dirceu.

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