O julgamento mais esperado dos últimos anos pela população do município de Traipu aconteceu nesta quarta-feira (13) na capital Maceió.

Erivan Alves dos Santos já havia confessado ter matado o ex-secretário de Turismo de Traipu, José Valter Matos Palmeira (Valtão) no dia 15 de maio de 2011.

O réu foi condenado a pena de 18 anos e seis meses de prisão e já está preso há pouco mais de seis anos.

No entanto, o que está repercutindo no município ribeirinho são as declarações do réu, que no momento da prisão, no estado de São Paulo, havia citado o nome do ex-prefeito Marcos Santos como o mandante. Mas, essa declaração foi mudada logo em seguida, gerando reviravolta no caso. Erivan denunciou que foi ameaçado e coagido a apontar o ex-gestor traipuense, porém uma pessoa de nome Marcelo de Ze Negato, que reside em Traipu, seria o verdadeiro mandante, declarou Erivan.

Os pais de Valtão, emocionados, foram ouvidos. Erivan mais uma vez apontou Marcelo e declarou que não sabe o motivo dele ainda estar solto. Um policial civil que efetuou sua prisão e a promotora de justiça de Traipu, a época, foram citados por Erivan como os responsáveis por ele ter apontado o nome de Marcos Santos.

Erivan declarou que o motivo da morte seria uma dívida em um cartão de crédito da irmã de Marcelo, Valtão estava devendo e assim Marcelo mandou Erivan mata-lo, prometendo construir a casa do mesmo como recompensa, declarou. A fatura do cartão de crédito estava nos autos.

O advogado de defesa, Manoel Leite dos Passos Neto, recorreu em plenário para reduzir a pena, pois Erivan terá que passar mais um ano preso para poder progredir de regime.