Produzido pela Netflix, "Contato Visceral" (2019) é mais um filme para os adeptos do famigerado "pós-terror". O longa, que à primeira vista pode soar incompreensível, aposta no horror e no bizarro para contar sua história sobre o fim de um relacionamento e sobre a maneira como levamos a própria vida.
Armie Hammer interpreta o barman Will, que numa noite tumultuada por uma briga no bar, encontra o celular de um universitário, deixado durante a confusão. A partir daí, Will passa a receber mensagens e vídeos estranhos.
Para entender as metáforas bizarras de "Contato Visceral" e preciso contextualizar o momento do protagonista.
Will não demonstra muitos objetivos para o futuro, seu relacionamento com Carrie (Dakota Johnson) está definhando e a sujeira, representada pelas baratas, faz o paralelo com a bagunça e o descuido em que vive o barman.
Ele se acostumou com o mau cheiro, com os insetos, ignora um pedido de socorro e a sensação de vazio só aumenta à medida que todos querem distância dele.
Dirigido pelo iraniano Babak Anvari, de "A Sombra do Medo" (2016), "Contato Visceral" não é indicado para os espectadores convencionais, sob o risco de intensa frustração. Também não recomendo para quem tem medo/asco de barata, rssss.
Mas se você procura um terror de significados, que foge do lugar comum, talvez o filme de Anvari agrade seus sentidos.
7.5
*Disponível na Netflix
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