Em discurso no plenário do Senado, nesta quarta-feira (18), o senador Renan Calheiros disse que o coordenador da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, maquinou um "conluio" com um partido político para perseguir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
O senador leu trechos de conversas de Dallagnoll com outros procuradores, em dias alternados, e afirmou que o procurador trapaceou, burlando as próprias limitações legais.
“Apresentei a 2ª representação contra o procurador que nunca procurou justiça. Só poder e dinheiro. Deltan violou a constituição e perseguiu o ministro Gilmar Mendes clandestinamente”, declarou Renan ao Cada Minuto.
Durante as leituras das conversas atribuídas a Dallagnoll, Renan citou que o coordenador da Lava Jato “revelou” ter encontrado um comparsa, se referindo ao Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cuja conversa menciona “ Randolfe super topou”.
Em outro trecho lido por Renan, no dia 11 de outubro, Deltan teria antecipado ao grupo que estaria “protocolada a DPF da Rede contra o ministro Gilmar Mendes”.
O senador alagoano disse que dois assessores do partido político estariam envolvidos e cobrou punição para o grupo.
“Em menos de 48h, uma barriga de aluguel partidária gerou um filho bastardo, cuja paternidade, agora conhecemos, se trata de um laranja processual usado para usurpação. A partir daí, as convicções do grupo sobre a ministra Carmem Lúcia merecem só desprezo. Sabia Dallagnoll, como sempre soube, como sempre soube o Brasil, se tratar de um crime pelo qual ele precisa, ele e seus parceiros, serem definitivamente responsabilizados”, afirmou Renan.










