Familiares de detentos, em sua maioria mulheres e mães, realizaram um protesto na noite desta terça-feira (30), contra a suspensão de visitas nos presídios alagoanos. O ato acontece em frente ao Palácio do Governo, no Centro de Maceió. O trânsito na região está congestionado.

 

As manifestantes alegam que desde que os agentes penitenciários entraram em greve, esposas e mães de detentos não conseguem vê-los, nem enviar alimentação, produtos de higiene pessoal, remédios ou outros objetos necessários.

 

De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), os agentes paralisaram as atividades como visita de familiares, saída de presos para programas resssocializadores ou para escolas, devido ao baixo efetivo de agentes para atender as demandas do Sistema Prisional. Além de Maceió, a paralisação também acontece nas unidades prisionais do Agreste de Alagoas.

 

A Secretaria do Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), disse que está estudando a possibilidade da realização de um concurso para aumentar o efetivo, mas afirmou que está aberta para conversar com os agentes, levando sempre em conta a realidade dos cofres públicos.

 

Devido ao protesto, o trânsito na Praça dos Martírios está lento e um grande congestionamento se formou na região. 

A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e a Polícia Militar enviaram equipes ao local.

 

Leia a nota da Seplag sobre a greve dos agentes penitenciários:

 

"A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que vem fazendo análises técnicas para ver a viabilidade, dentro das possibilidades orçamentárias da máquina pública alagoana, da realização de um concurso para os agentes penitenciários. A pasta pontua também que, tanto o processo de auxílio alimentação da categoria, quanto o de renovação do pagamento da bolsa qualificação estão seguindo os trâmites normais exigidos.

A Seplag ressalta ainda que está aberta para dialogar com os agentes, com vistas a negociar e dar andamento às devidas tratativas, levando sempre em conta a realidade dos cofres públicos."

Veja vídeo: