O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça, se posicionou sobre a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de suspender todas as investigações em andamento que tenham sido utilizados dados compartilhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pela Receita Federal, sem autorização prévia da Justiça.
Em um áudio enviado pela assessoria de comunicação do Ministério Público, Gaspar discorda da decisão do ministro e disse que essa decisão “traz um grande retrocesso às investigações criminais no país”.
“Afeta principalmente àquelas que combatem os crimes de colarinho brancos e contra as organizações criminosas violentas”, comentou Alfredo.
O procurador disse que o Ministério Público repudia e precisa recorrer além de esclarecer a sociedade que esse ato é um retrocesso em um momento crítico na vida nacional.
Com a decisão, as investigações que estão em andamento em todo o país só poderão ser retomadas após o plenário da Corte decidir sobre a constitucionalidade do compartilhamento, com o Ministério Público, de dados sigilosos de pessoas investigadas. O julgamento da questão deve ocorrer em novembro.
*com Assessoria MP e Agência Brasil