Lembra, caro leitor, daquela expressão ‘ou eu ou ele’? Pois bem, ela está sendo usada como ultimato para cobrar e exigir a expulsão do ex-senador, ex-presidenciável e ex-todo-poderoso Aécio Neves.
O agora simples deputado federal mineiro, que circula silenciosamente no Congresso Nacional, está recebendo o ‘aperto’ do jovem prefeito tucano de São Paulo, Bruno Covas.
Covas defende a expulsão do companheiro de partido por causa das acusações de corrupção; e bradou, publicamente, que o PSDB terá que optar: “Ou eu ou ele”.
O problema do endurecimento dessa corda política foi gerado a partir da posição do PSDB de Belo Horizonte de se colocar a favor da permanência de Aécio Neves no partido, logo após o PSDB de São Paulo sugerir a expulsão dele.
Mas, que fique claro, o prefeito Bruno Covas age em sintonia fina com o governador paulista João Doria – de quem herdou o cargo -, que já se articula para concorrer ao mandato de presidente da República em 2022.
O discurso de Doria tem sido em torno de temas anticorrupção e antipetismo. É, na verdade, um grande marqueteiro, mas que já deixou rastros sobre sua maneira de fazer política.
Eleito prefeito de São Paulo renunciou ao mandato para poder disputar, em 2018, o governo do Estado. E na eleição do ano passado traiu o seu mentor político, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), ao optar por apoiar Jair Bolsonaro.