O coordenador da bancada federal em Alagoas, deputado Marx Beltrão, pregou em entrevista ao Cada Minuto nesta terça-feira (4) o avanço da reforma da previdência no Congresso Nacional. Marx afirmou que acredita ser a reforma fundamental para a economia do país, em especial para o equilíbrio das contas públicas. Entretanto, o parlamentar reiterou que a reforma não é uma “solução em si” para que o Brasil enfrente os perigos de uma recessão econômica.

“Defendo a reforma da Previdência, assim como defendo que o governo do presidente Bolsonaro faça uma reforma Tributária no Brasil. Agora é preciso ter em mente que não há ‘mágica’ e que a reforma não é uma ‘solução em si’. Ou seja, somente aprovar uma reforma da previdência não é suficiente para retomar por completo o desenvolvimento nacional. Precisamos fazer justiça com a aposentadoria dos trabalhadores, em especial da grande massa assalariada do Brasil. Mas é necessário reativar a econômica buscando gerar empregos, favorecendo o consumo , o crédito e a divisão de riquezas em todo país” afirmou o parlamentar.
 
Segundo Marx Beltrão, é natural “que os deputados e senadores façam mudanças na proposta do governo. Aliás, este é o rito pelo qual passa qualquer projeto submetido ao Congresso. E estes mudanças precisam caminhar em direção a corrigir distorções, combater privilégios e preservar aposentadoria decente para quem de mais precisa. Veja o caso dos policiais e profissionais da segurança pública, professores, trabalhadores rurais e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Reforço que de antemão estas categorias não podem ser prejudicadas” disse Marx.

A maior parte das emendas apresentadas pelos deputados à proposta de reforma da Previdência tem como alvo as regras de aposentadoria dos servidores públicos. Das 277 sugestões apresentadas pelos parlamentares na comissão especial que analisa o texto, 104, ou 37,5% do total, tratam do funcionalismo, o que mostra a influência das corporações de servidores no Congresso. O período de transição para as novas regras é o principal ponto de questionamento. Há uma grande pressão das entidades que representam o funcionalismo para atenuar o peso da reforma sobre os servidores. Para algumas delas, a proposta do governo não é justa para quem está próximo de se aposentar.