A nota divulgada pelo ministério da Educação, um dia antes dos protestos contra a política do governo Bolsonaro para a Educação, em que o ministro Abraham Weintraub pediu que fossem denunciados quem incentivasse as manifestações, além de ter ameaçado com demissão professores que anunciassem os atos, chamou a atenção da PGR e de políticos.
A lógica aplicada pelo ministro porra-louca-barata-voa de intimidação será avaliada por Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral da República, porque pode violar, entre outros dispositivos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
No campo político, deputados federais vão representar o ministro por abuso de poder, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.
Por significar intenção governamental de controle sobre as famílias dos estudantes, movimentos ligados a educação ficaram indignados com trecho da nota que dizia que “professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar”.
Como vimos, de nada adiantou o autoritarismo de Abraham Weintraub, pois o segundo protesto do mês foi um sucesso. E quanto mais ele acreditar que os estudantes são idiotas manipulados numa clara aposta de guerra constante contra a suposta doutrinação ideológica, mais alimentará os discursos em defesa da educação.
Assim sendo, quem será o imbecil dessa história?
Ou tudo não passa de uma estratégia governamental por falta de ideias transformadoras para o setor?